Valor levantado por pesquisa da Planisa, em parceria com o DRG Brasil, envolve internações pela doença, no período de 2019 a setembro de 2024, em 442 hospitais públicos e privados do país
As internações por câncer de próstata, o segundo mais comum entre o sexo masculino no Brasil, atrás somente do câncer de pele não melanoma, custaram quase R$ 50 milhões, nos últimos seis anos. É o que mostra levantamento feito pela Planisa, em parceria com o DRG Brasil, envolvendo o período de 2019 a setembro de 2024, em 442 hospitais públicos e privados do país.
Segundo previsão do INCA (Instituto Nacional de Câncer), deverão ser registrados 704 mil novos casos da doença por ano no triênio 2023-2025, sendo Sul e Sudeste, as duas regiões com maior incidência (70%) do câncer de próstata.
Fatores como idade, região e etnia contribuem para aumento da taxa de ocorrência da doença. O câncer de próstata é mais frequente em homens acima de 50 anos e tem um maior registro entre a ala masculina com histórico familiar da enfermidade.
A população do sexo masculino pesquisada pela Planisa somou 37.512.168 homens, o que correspondeu a um total de 19.335 internações registradas durante os cinco anos levantados pelo estudo. Em 2019, foram 1.967 atendimentos hospitalares; em 2020, eles alcançaram 1.803. Já em 2021, o número de internações foi de 2.653 e, em 2022, 3.949. No ano passado, as internações chegaram a 4.738 e, até setembro deste ano, totalizaram 4.225.
Em 2019, foram consumidas 6.294 diárias hospitalares; em 2020, o número chegou a 5.409 e em 2021, a 8.224. Em 2022, as diárias totalizaram 10.267 e em 2023, 11.371. Até setembro deste ano, o número é de 10.140. Nos cinco anos pesquisados pela Planisa, as diárias somaram um total de 51.706.
A incidência de câncer de próstata foi de 59 casos por 100 mil homens em 2019, e de 38 casos por 100 mil homens em 2020. Em 2021, o número chegou a 50. Em 2022, a incidência chegou a 55 habitantes e em 2023, a 58. Até setembro deste ano, o número atingiu 48 casos por 100 mil homens, sendo a média dos cinco anos de 52 homens acometidos pela doença.
Para Marcelo Carnielo, especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa, o câncer de próstata representa um desafio significativo para os sistemas de saúde tanto público como privado. “A doença exige políticas de gestão adequadas e recursos suficientes para garantir o tratamento eficaz e a qualidade de vida dos pacientes. A necessidade de equipamentos especializados, medicamentos e profissionais capacitados aumenta a demanda por recursos”, destaca Carnielo.
Além disso, o câncer de próstata requer monitoramento contínuo após o tratamento. Isso implica em visitas regulares a médicos e realização de exames, o que pode sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde. Por isso, cada vez mais é preciso dar ênfase em programas de prevenção e rastreamento para tentar reduzir a carga futura sobre o sistema de saúde. Investir em campanhas educativas e exames regulares é essencial para melhorar os resultados e diminuir os custos associados ao tratamento em estágios mais avançados da doença.
“A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata são essenciais para a saúde masculina e para a sustentabilidade do sistema de saúde. Essa doença, quando detectada tardiamente, demanda tratamentos complexos e caros, elevando significativamente os custos hospitalares e impactando a qualidade de vida dos pacientes”, salienta Carnielo. “Infelizmente, muitos homens ainda negligenciam exames preventivos por desconhecimento ou receio, o que dificulta a detecção precoce e aumenta os riscos de complicações. Por isso, campanhas de conscientização são indispensáveis para quebrar tabus e incentivar o diálogo aberto sobre a saúde do homem”, conclui.
Crédito: Divulgação/Freepik
Legenda: Pesquisa da Planisa mostra que internações por câncer de próstata custaram quase R$ 50 milhões, nos últimos seis anos
Sobre a Planisa
Com 36 anos de atuação, a Planisa é líder em gestão de custos hospitalares na América Latina e detém a maior base de dados de custos de hospitais do Brasil. A empresa oferece soluções tecnológicas e serviços de consultoria especializados no setor de saúde, conectando dados assistenciais e econômicos com inteligência para otimizar a gestão dos cuidados de saúde. Atuando no Brasil e em outros países da América do Sul e África, a Planisa gerenciou R$ 33 bilhões em custos hospitalares nos últimos 12 meses, com uma carteira de cerca de 350 clientes.
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